Serve para apresentar outro (texto-base), desconhecido do leitor. Para bem apresentá-lo, é necessário além de dar uma ideia resumida dos assuntos tratados, apresentar o maior número de informações sobre o trabalho: fatores que, ao lado de uma abordagem crítica e de relações intertextuais, darão ao leitor os requisitos mínimos para que ele se oriente quanto ao grau de interesse do texto-base.
O objeto resenhado pode ser de qualquer natureza: um romance, um filme, um álbum, uma peça de teatro ou mesmo um jogo de futebol. Uma resenha pode ser "descritiva" e/ou "crítica".
VIGIAR E PUNIR
“OS CORPOS DÓCEIS”
Focault inicia o capítulo falando sobre o que seria o soldado ideal em princípios do século XVII, identificado como alguém que traz, geneticamente, as características perfeitas para o ofício. Ser soldado ou não, era inerente à constituição física dos rapazes, o soldado já nascia soldado.
Na segunda metade do século XVIII, o recruta tornou-se algo que se fabrica,
ensinando-lhe desde a postura correta até o eficiente manejo das armas. Essa mudança é uma das marcas da descoberta do corpo, na época clássica, como objeto e alvo de poder.
ensinando-lhe desde a postura correta até o eficiente manejo das armas. Essa mudança é uma das marcas da descoberta do corpo, na época clássica, como objeto e alvo de poder.
O homem é tido então como o homem-máquina: corpo útil, corpo inteligível que é também o corpo adestrável, manipulável.
Isso direciona a uma noção de docilidade em que o autor define como dócil o corpo que pode ser submetido, transformado, utilizado e aperfeiçoado.
Em qualquer sociedade, em qualquer época, o corpo está preso por poderes limitadores, mas Focault argumenta que o século XVIII inaugurou novidades nas técnicas de submissão em três níveis: o controle do corpo passou a ser trabalhado detalhadamente, a coerção se tornou uma prática e o corpo foi reduzido à sua expressão meramente mecânica. Assim, o homem é agora um
objeto coagido a ser eficiente e essa coação se dá por meio do exercício da disciplina.
Em qualquer sociedade, em qualquer época, o corpo está preso por poderes limitadores, mas Focault argumenta que o século XVIII inaugurou novidades nas técnicas de submissão em três níveis: o controle do corpo passou a ser trabalhado detalhadamente, a coerção se tornou uma prática e o corpo foi reduzido à sua expressão meramente mecânica. Assim, o homem é agora um
objeto coagido a ser eficiente e essa coação se dá por meio do exercício da disciplina.
No terceiro nível de mudança, Focault identifica a nova modalidade de coerção que passa a ser constante, codificando o tempo, o espaço e os movimentos desse homem reduzido à condição de máquina. A disciplina do corpo é uma forma de dominação e o homem se torna tão obediente quanto útil, ou seja, ganha uma expressão economicista que o desumaniza em essência e isso acarreta a dissociação do poder mesmo do corpo. Isso porque a disciplina aumenta as forças do corpo, em termos de utilidade econômica, enquanto diminui essas mesmas forças, como política de obediência.
Referencia bibliográfica:
FOUCAUT, Michel, Vigiar e Punir, Os corpos dóceis.
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